Basta de esperar<br>na <i>Rodoviária</i> de Lisboa
O STRUP, da Fectrans/CGTP-IN, depois de ter realizado plenários de trabalhadores na Rodoviária de Lisboa, anunciou a convocação de uma greve de 24 horas, a 1 de Junho, dia em que ocorrerá também um plenário geral, em Santa Iria da Azóia. «Esperar não é solução», afirma-se no comunicado que o sindicato e a federação divulgaram na semana passada e no qual dão conta do descontentamento manifestado, quer pela forma como os sindicatos têm conduzido os processos de revisão salarial, quer pelas posições assumidas pela empresa.
Desta decisão, foi dado já conhecimento às outras organizações sindicais representadas na RL, expressando abertura à sua integração na jornada de luta.
A perder desde 2001, os trabalhadores deram nota de que, no ano passado, a falta de uma orientação de luta em tempo útil impediu uma reacção colectiva a injustiças impostas pela administração, como a criação de um abono para falhas «sem qualquer garantia e em detrimento da valorização salarial». As estruturas da CGTP-IN na RL assumiram «que este ano tal não se repetiria e, fosse qual fosse a capacidade de resposta dos trabalhadores, tudo iríamos fazer para impedir que a empresa protelasse o processo, o que vem acontecendo desde 2001, com resultados de tal forma negativos que os trabalhadores ganham hoje menos salário do que ganhavam há dez anos».
A empresa, na sua contraproposta, «ignora por completo» as reivindicações, reitera a intenção de criar um novo contrato colectivo (que corresponderia à sua proposta de 2009, eliminando praticamente todos os direitos dos trabalhadores) e remete para esta negociação qualquer exigência salarial. Para a Fectrans e o STRUP, isto significa que a RL se prepara para não aumentar salários.
Poderá vir a ser suspensa a greve, caso a empresa integre de imediato na tabela salarial o abono para falhas. Caso contrário, serão propostas novas formas de luta no plenário de 1 de Junho.
Tegopi
Na metalomecânica Tegopi, em Vila Nova de Gaia, decorre desde segunda-feira e até amanhã uma greve de duas horas diárias, exigindo que a empresa do Grupo Quintas & Quintas corresponda às justas reclamações de melhoria dos salários e das condições de trabalho. Na proposta reivindicativa, entregue em Fevereiro, exige-se mais 40 euros no salário, um subsídio de alimentação de seis euros, correcção das degradadas condições de higiene e segurança, passagem a efectivos de trabalhadores com vínculo precário em postos de trabalho permanentes e atribuição de categorias profissionais de acordo com as funções desempenhadas, refere uma nota divulgada dia 17 pelo SITE Norte, da Fiequimetal/CGTP-IN.